sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Livro: A liberdade é um direito básico dos animais

Pessoal, a dica de leitura desta semana é o livro “A liberdade é um direito básico dos animais” publicado pela Fundação Animal Freedom. O livro mostra como o ser humano fere um princípio básico de todo ser vivo: o direito à liberdade.

Liberdade é um direito básico para os seres humanos, mas os animais (ainda) não têm esse direito reconhecido oficialmente. Alguns argumentos falaciosos (p. ex. pro bio-indústria) são usados frequentemente para manter tal industria. Tais defesas são feitas tanto pelos que são a favor como pelos que são contra, justamente pela crença da necessidade do consumo de animais ainda ser parte inata de nossa cultura.

Um dos principais pontos deste livro que trouxemos para vocês é o quanto a industria da carne é celetista e segregacionista por privilegiar uma parcela consumista da sociedade em detrimento da miséria de outra grande parte.

Segundo a publicação, anualmente, a quantidade de cereais que alimenta o gado no mundo inteiro é de cerca de 735 bilhões de quilos. Para transportar esta quantidade por comboio seriam necessários 12.3 milhões de vagões cheios de cereal. Este comboio facilmente poderia circuncidar o Equador 6 vezes.

A maioria dos países ocidentais usa, para além do seu próprio território, grandes extensões do território de países em desenvolvimento para pastagens. O uso do território estrangeiro chega a ser seis vezes maior do que o próprio. Países como a Tailândia, Malásia, Brasil (soja) e a Argentina contribuem enormemente para a produção de rações para gado, e quase um terço destas é produzido em países do Terceiro Mundo. Por exemplo, para alimentar a população holandesa há no país e fora dele, por pessoa, cerca de 1,20 hectares de terra cultivada em uso, enquanto que de fato, por cada indivíduo no planeta, só há 0,2 hectares de terra disponível (1 hectare equivale a 10.000 m²).

Cada indivíduo utiliza uma certa porção do espaço do planeta, e quanto espaço ele usa depende do seu padrão individual de consumo, ou seja, quanto mais um país se torna referência na fabricação da carne,maior será a necessidade de alargar os seus territórios.
Além disso, no ocidente, consume-se agora muito mais carne do que antigamente. Os veganistas, que se abstêm totalmente do consumo de carne e da utilização de animais, poupam cada um a vida de (aproximadamente) 6 vacas, 45 porcos e de centenas de frangos (números aplicáveis aos Países Baixos).

No livro, vocês também poderão verificar como tal industria traz um desperdício enorme de energia, já que, durante a transformação de proteína vegetal em proteína animal, são desperdiçados uma grande quantidade de nutrientes. Estima-se que são necessários 4 quilos de proteínas vegetais (rações para o gado) para produzir apenas 1 quilo de proteína animal.

A produção de carne custa aproximadamente 14,7 vezes mais energia do que a produção de vegetais. Um quilo de carne de vitela é comparável a 100 quilos de batata em valor energético. Um campo de pasto normal produz 330 quilos de carne. O mesmo campo pode alternativamente chegar a produzir 40.000 quilos de batata. Além disso, para produzir um quilo de carne são necessários uns 111.250 litros de água.

É necessária muito menos água para alimentar um vegetariano estrito durante um ano do que a necessária para alimentar um carnívoro durante apenas um mês. Um país como a Holanda usa por ano tanta água para a produção bovina como a que poderia abastecer de água a terça parte da população mundial.

Estes dados só nos mostram uma coisa: o problema da fome mundial poderia ser resolvido (ou pelo menos minimizado) se não existisse a indústria da carne.

Por fim, nesta publicação, o grupo mostra como a produção de carne polui e afeta negativamente o meio ambiente. No ocidente os maiores contribuintes para a chuva ácida que afeta as florestas são a indústria pecuária intensiva e o trânsito. Uma vez que os fertilizantes são um dos maiores contribuintes, o ambiente beneficiaria enormemente duma diminuição da produção.

  • O livro encontra-se disponível para comprar no próprio site da Fundação (www.animalfreedom.org) e acreditamos que é uma ótima dica de leitura para que você veja o quanto suas escolhas poderão não só lhe beneficiar como melhorar a vida de todo o planeta.






Veganismo não só por nós, mas para todos”.

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