Pessoal,
a dica de leitura desta semana é o livro “A liberdade é um
direito básico dos animais” publicado pela Fundação Animal
Freedom. O livro mostra como o ser humano fere um princípio básico
de todo ser vivo: o direito à liberdade.
Liberdade
é um direito básico para os seres humanos, mas os animais (ainda)
não têm esse direito reconhecido oficialmente. Alguns argumentos
falaciosos (p. ex. pro bio-indústria) são usados frequentemente
para manter tal industria. Tais defesas são feitas tanto pelos que
são a favor como pelos que são contra, justamente pela crença da
necessidade do consumo de animais ainda ser parte inata de nossa
cultura.
Um
dos principais pontos deste livro que trouxemos para vocês é o
quanto a industria da carne é celetista e segregacionista por
privilegiar uma parcela consumista da sociedade em detrimento da
miséria de outra grande parte.
Segundo
a publicação, anualmente, a quantidade de cereais que alimenta o
gado no mundo inteiro é de cerca de 735 bilhões de quilos. Para
transportar esta quantidade por comboio seriam necessários 12.3
milhões de vagões cheios de cereal. Este comboio facilmente poderia
circuncidar o Equador 6 vezes.
A
maioria dos países ocidentais usa, para além do seu próprio
território, grandes extensões do território de países em
desenvolvimento para pastagens. O uso do território estrangeiro
chega a ser seis vezes maior do que o próprio. Países como a
Tailândia, Malásia, Brasil (soja) e a Argentina contribuem
enormemente para a produção de rações para gado, e quase um terço
destas é produzido em países do Terceiro Mundo. Por exemplo, para
alimentar a população holandesa há no país e fora dele, por
pessoa, cerca de 1,20 hectares de terra cultivada em uso, enquanto
que de fato, por cada indivíduo no planeta, só há 0,2 hectares de
terra disponível (1 hectare equivale a 10.000 m²).
Cada
indivíduo utiliza uma certa porção do espaço do planeta, e quanto
espaço ele usa depende do seu padrão individual de consumo, ou
seja, quanto mais um país se torna referência na fabricação da
carne,maior será a necessidade de alargar os seus territórios.
Além
disso, no
ocidente, consume-se agora muito mais carne do que antigamente. Os
veganistas, que se abstêm
totalmente do consumo de carne e da utilização de animais, poupam
cada um a vida de (aproximadamente) 6 vacas, 45 porcos e de centenas
de frangos (números aplicáveis aos Países Baixos).
No
livro, vocês também poderão verificar como tal industria traz um
desperdício enorme de energia, já que, durante
a transformação de proteína vegetal em proteína animal, são
desperdiçados uma grande quantidade de nutrientes. Estima-se
que
são
necessários 4 quilos de proteínas vegetais (rações
para o gado) para produzir apenas 1 quilo de proteína animal.
A
produção de carne custa aproximadamente 14,7 vezes mais energia do
que a produção de vegetais. Um quilo de carne de vitela é
comparável a 100 quilos de batata em valor energético. Um campo de
pasto normal produz 330 quilos de carne. O mesmo campo pode
alternativamente chegar a produzir 40.000 quilos de batata. Além
disso, para produzir um quilo de carne são necessários uns 111.250
litros de água.
É
necessária muito menos água para alimentar um vegetariano estrito
durante um ano do que a necessária para alimentar um carnívoro
durante apenas um mês. Um país como a Holanda usa por ano tanta
água para a produção bovina como a que poderia abastecer de água
a terça parte da população mundial.
Estes
dados só nos mostram uma coisa: o problema da fome mundial poderia
ser resolvido (ou pelo menos minimizado) se não existisse a
indústria da carne.
Por
fim, nesta publicação, o grupo mostra como a produção de carne
polui e afeta negativamente o meio ambiente. No ocidente os maiores
contribuintes para a chuva ácida que afeta as florestas são a
indústria pecuária intensiva e o trânsito. Uma vez que os
fertilizantes são um dos maiores contribuintes, o ambiente
beneficiaria enormemente duma diminuição da produção.
- O livro encontra-se disponível para comprar no próprio site da
Fundação (www.animalfreedom.org)
e acreditamos que é uma ótima dica de leitura para que você veja o
quanto suas escolhas poderão não só lhe beneficiar como melhorar a
vida de todo o planeta.
“Veganismo
não só por nós, mas para todos”.
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